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'Direi meias verdades Sempre à meia luz' (Chico Buarque ♪)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Deu vontade uma vontade doida de escrever...

de escrever sobre o quanto tu me fazes bem, o quanto tu me deixas segura, o quanto eu pareço comigo mesma quando estou ao teu lado. 
Eu poderia, como de costume, dar nomes a tudo que estou sentindo mas preferi me limitar a sentir, e só. Foi quando eu percebi quão estranho e rápido esse sentimento é, em questão de dias eu pude perceber que eu sou sua, que como você mesmo disse meu corpo foi feito pra você, ele pede tuas mãos, teu carinho e tua proteção! Isso me assustou, fiquei com tanto medo que quase me privei do doce que é estar em tua companhia, mas como tudo nessa vida passa: o medo passou! E com ele foram embora todos os monstros que me "inibiam" e me impediam de ser completamente feliz!
É cedo pra dizer que não consigo mais viver sem tua presença, ou para alardear qualquer tipo de ligação eterna, porém o que não podemos negar é que o que há entre nós é forte, algo capaz de nos mostrar tais como somos, sem pudor e sem medo de más interpretações.
Poderia passar a noite aqui, escrevendo e escrevendo. Mas infelizmente meu tempo é limitado... Só queria dizer que sou verdadeiramente fascinada por cada pedacinho seu, por cada palavra que sai da tua boca, por cada gesto de carinho e atenção que tens comigo... Você é realmente o que eu vinha procurando esse tempo todo!






quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ela gostava quando,

 depois de muito tempo calada, ele pegava no seu queixo perguntando ― o que foi, guria? Ele gostava quando ela dizia sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você. Ela gostava quando ele dizia gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo. E de quando ele falava calma, você tá tensa, vem cá, e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A matemática


A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza - uma beleza fria e austera, como a da escultura. A Matemática não mente, mente quem faz mau uso dela. A matemática é o alfabeto com o qual DEUS escreveu o universo. A matemática não é apenas números, e sim envolve letras e toda a capacidade que o ser humano conseguir expressar. A matemática é um instrumento poderoso nas mãos daqueles que a sabem usar. A matemática é simplesmente o foco da vida. A matemática não pode nos ensinar a amar um amigo e perdoar um inimigo, mas ela nos dá todos os motivos para acreditar que todo problema tem uma solução. A Matemática possui uma força maravilhosa capaz de nos fazer compreender muitos mistérios de nossa fé. Sem a Matemática, não poderia haver Astronomia; sem os recursos maravilhosos da Astronomia, seria completamente impossível a navegação. E a navegação foi o fator máximo do progresso da humanidade.
Lindos, só tenho a lamentar àqueles que não compreendem a imensa beleza que envolve a mãe de todas as ciências. ‘Eu escolhi a matemática porque Deus me concedeu a graça de poder enxergar amor naquilo que a maioria das pessoas veem dificuldades!!!’

domingo, 24 de abril de 2011

Amor verdadeiro, segundo Renato Russo

Renato Russo: Alguém aí já sofreu por amor?
Público grita.
Renato Russo: Isso tudo já se apaixonou de verdade?
Público grita.
Renato Russo: Eu sempre faço essa pergunta porque eu não acredito nisso. Eu cheguei à conclusão que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento.

domingo, 17 de abril de 2011

FELIZ

Não, eu não tenho mais resquícios daquele sentimento tolo e infantil, graças a Deus! Sou uma pessoa nova, em todos os sentidos: sou jovem e estou repleta de sentimentos novos dentro de mim.
Estou feliz como jamais estive... sinto uma liberdade de dá vertigens, e vocês nem imaginam como isso é bom!

Depois de longos dias sem nenhuma postagem, vim aqui pra dizer que ESTOU FELIZ, isso é tudo pessoal :P

sexta-feira, 4 de março de 2011

CANSADA --'

Já se cansou hoje? Não?
Então se prepara uma hora você cai cansar. Eu já cheguei nesse estágio. Cansei de demonstrar sentimentos que não estou sentindo só pra agradar os outros, só pra me sentir no meio de alguma coisa, ou uma pessoa normal. Cansei de ter que esconder partes de mim que são realmente importantes, que fazem parte do meu verdadeiro eu. Cansei de toda essa hipocrisia.
Não, eu não estou sentindo nada no momento, eu não vou mais fingir nada. Não quero rir quando estou sem vontade, não quero demonstrar tristeza quando na verdade eu estou indiferente, ou não sentindo nada mesmo.
Faz falta sentir alguma coisa? Faz… Muita!
Mas eu simplesmente não sinto nada no momento. E não quer mostrar outra coisa que não seja isso!
Cansei desse vazio aqui dentro. Cansei de agradar os outros. Cansei de ninguém me agradar. Cansei de esperar, compreender, aturar, entender, ajudar. Eu quero alguém que faça isso por mim também. Cansei dos outros. Cansei de mim.

Cansei… só isso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cansada de tudo!

"ISSO TAMBÉM VAI PASSAR", admiro muito o Chico Xavier e sempre tentei seguir à risca tudo o que ele disse e fez... Mas chega uma hora em que não dá mais. O corpo cansa, a mente cansa... Cansei de esperar que a vida melhore, que as coisas mudem, que as pessoas comecem a me dar valor, que meu coração pare de criar ilusões idiotas e que eu seja mais feliz! 
Com o perdão da palvra: PORRA!!! Não aguento mais levar as surras que a vida me dá com um sorriso no rosto, não suporto mais passar o dia esperando que amanhã tudo melhore, que a vida - finalmente - sorria para mim e que o mundo seja diferente! 
Repugno a palavra "PACIÊNCIA", ela não me leva a nada a não ser viver a vida em vão, esperando e esperando que algo de bom aconteça! Quero mesmo é que tudo se dane e depressa, não quero esperar nem por desgraças... Se há de acontecer, que algo aconteça logo nessa droga de vida. E um recadinho pro destino: - "Pare de brincar comigo, você não imagina do que sou capaz".
Eu queria morrer um pouco - um pouquinho só - só pra "descansar em paz" por um momento, só pra voltar a enxergar o motivo pelo qual existo, a alegria de viver que nunca havia me deixado e que, agora, nem sei se é real. 

Rogo para que Deus me proteja desse nada, desse tédio, dessa falta de vida em mim, Amém!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Perdoar

Perdôo uma vez, porque errar é humano. Perdôo duas porque o ser humano é estúpido às vezes. Mas não posso viver perdoando porque isso seria incompetência minha.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Matemáticos

Matemáticos são realmente seres especiais (sem autovalorização demagógica).
Exibem um padrão de raciocínio e visão do mundo diferenciados e, no meu caso pelo menos, veneram os pensadores antigos. Sou uma profunda admiradora de Platão, que, na verdade, além de tudo era um filósofo e "doutor" em lógica !!!
Apesar da leitura densa, e por vezes difícil, procuro me interar de todas as suas formas de articulação de raciocínio.
Fora o fato de que, hoje (sec XXI) ainda lecionam, por exemplo poliedros regulares, temas desenvolvidos por ele, e ainda sem contra-provas !!!!!! Há dois mil e quatrocentos anos atrás !!!!!
Seres especiais !!!
Por isso, acho, nos tornamos particulares.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Espirais

Na matemática, espiral é uma curva que gira em torno de um ponto central, afastando-se ou aproximando-se deste ponto, dependendo do sentido em que se percorre a curva.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Crônicas de amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.  Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Parabéns Rodrigo!






O que seríamos de nós sem irmãos?
Não poderíamos ser os caçulas, 
nem os mais velhos,
nem mesmo os "do meio".
Não poderíamos confidenciar sobre aquela paixão.
Não poderíamos brigar pelo pedaço maior do bolo.
Não teríamos em quem pôr a culpa pelo vaso quebrado.
Não teríamos com quem jogar bola ou brincar de boneca.
Não teríamos com quem conversar durante a madrugada.

O que seríamos de nós sem irmãos?
Tanta coisa que não poderíamos fazer.
Tanto tempo que perderíamos tentando entender.
Tanto amor não poderíamos compartilhar.

É por isso que devemos agradecer pela dádiva que a vida nos dá,
quando um irmãozinho nos chega pedindo colo e carinho, 
ou quando o mais velho nos chama para viajar.
Quando temos aquele ombro amigo, depois da briga com o namorado.
Ou simplesmente, quando eles estão lá, nos olhando admirados.

E o homem perfeito

 teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e você tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura.

Inconstância (II)

Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu sou o que penso que eu sou. Nem nós o que a gente pensa que tem. Penso mais do que falo. E falo muito, nem sempre o que você quer saber. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas. Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução. Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva.
Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo.

Inconstância

Não sei o que acontece comigo, derrepente bipolaridade em meus sentimentos. Amo hoje, amanha não mais. Sei o que eu quero agora, e o futuro a Deus pertence.
Pode ser coisa da idade ou tanto faz. Mas acho que de tanto detestar monotonia fique assim. Não consigo amar alguém, sem machucá-la por minhas inúmeras confusões, mas a verdade é que não é culpa minha se tenho um coração nômade que deseja estar em tantos lugares ao mesmo tempo. Não sei se um dia eu vou descobrir a cura, de tamanha complexidade e inconstância. Já os maiores atingidos me perdoem desde já.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sou iludível!

Basta receber um telefonema ou lidar com alguém que eu gosto e minha esperança renasce e fico forte de novo.

Chuva

Não suporto mais essas noites frias e gélidas. Chuvas alagando meus olhos. Bochechas ardentes numa noite sólida,nua e crua. Mente revirada e desmontada pelo fato de saber que amanhã,ainda não poderei sentir o calor do meu brilhante sol. Dias seguem-se nublados com crença de que cada tempestade provocada passou. Porém,com a vinda de um imponente furacão, todas palavras contruídas até aqui, desmancham levadas pelo vento. Eu só acredito mesmo, é no arco-íris, só ele aparece depois das chuvas pra colorir todo o meu dia. Não viveria sem sua doce aparição e existência. É o que justifica minha triste inocência.

Eis aqui Andréia Lima, por Clarice Lispector (II)

Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras; sou irritável e piro facilmente; também sou muito calma e perdôo logo; não esqueço nunca; mas há poucas coisas de que eu me lembre; sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes; as pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão; gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo; nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrando? Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz; quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz; outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim - a do mundo grande e aberto; apesar do meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza...”

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tu escolhes,

recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes... São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

cultivo a paciência,

mas  tenho pressa em vê-la crescer!

certo dia uma amiga falou:

Resolvi

guardar meu amor para mim, não por questão de egoísmo, mas de cuidado. Não quero que ninguém o toque, ou o machuque, só isso.

Confie sempre!

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Tenho vivido tão livre!

Livre daquele  sentimento egoísta e mesquinho, o qual tive a ousadia de chamar de amor (mas que tolice a minha!).
Talvez eu nem saiba o que seja o amor propriamente dito... eu idealizei tanto um, que acabei definindo sentimentos indefiníveis, encontrando respostas pra perguntas que nem existiam, foi aí que percebi que havia algo errado: Eu estava transformando o amor em lógica, em algo racional e calculável, e acabei fazendo com que ele fosse gradativamente diminuindo até se transformar em pó, em zero!
Decidi então, que pararia de perseguir o amor, e deixaria que ele vinhesse ao meu encontro... Enquanto isso não acontece, eu vivo - e vivo muito bem, diga-se de passagem - aceitando os contratempos do caminho e com a certeza de que se um dia eu e o amor ficarmos cara-a-cara, não saberei ao certo como ele é, porque a cada estação ele muda de fisionomia e de cheiro e de cor e de textura...

Eu sempre ponho emoções demais

em tudo que eu quero. Acabo criando situações que não existem e obrigando pessoas a estarem no meu caminho.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice! 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ah, O Calor!


Não gosto do frio, prefiro mesmo o calor e toda a falta de pudor que ele possa trazer!
Prefiro o corpo suado, as mãos abanando o rosto, as roupas leves e coloridas, o sol a pino, a sede consumindo a garganta, a falta de ar, os cabelos presos, os amigos sentados na praça vendo a vida passar, o sorvete de morango, a coca-cola bem gelada, os risos, os passeios, a vida a mil por hora!
O frio só prende em casa, só traz preguiça e intensifica os sofrimentos!
Eu, definitivamente, prefiro o calor! E sou mesmo o calor, sou muito o calor!

É fácil:


 (...)  primeiro procura apartamento, depois trabalho, depois escola, depois, se sobrar tempo, amor

Por trás da Vidraça

Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?
Ou teria sido o contrário?
Sonhei que você sonhava comigo. Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Além disso, ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso. Ou não? Sei que o que sei é que, sem nenhuma dúvida:
Sonhei que você sonhava comigo. Certo? Não, talvez não esteja nada certo. Também não era isso o que eu queria ou planejava dizer. Pelo menos, não desse jeito embaçado como uma vidraça durante a chuva. Por favor, apanhe aquele pequeno pedaço de feltro que fica sempre ali, ao lado dos discos. Agora limpe devagar a vidraça — quero dizer, o texto. Vá passando esse pedaço de feltro sobre o vidro, até ficar mais claro o que há por trás. Lago, edifício, montanha, outdoor, qualquer coisa. Certamente molhada, porque só quando chove as vidraças embaçam. Será? Não tenho certeza, mas o que quero dizer, disso estou certo, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Agora penso que é também provável que — se realmente fui mesmo eu a sonhar que você sonhou comigo; e não o contrário — eu não estivesse sonhando. Nada de sono, cama, olhos fechados. É possível que eu estivesse de olhos abertos no meio da rua, não na cama; durante o dia, não à noite — quando aconteceu isso que chamo de sonho. Embora saiba que — se foi dessa forma assim, digamos, consciente — então não seria correto chamá-la de sonho, essa imagem que aconteceu —, mas de imaginação ou invento até mesmo delírio, quem sabe alucinação. Mas não, não é isso o que quero contar, O que quero contar, sei muito bem e sem nenhuma hesitação, começa assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo. Verdade eu queria muito. Estou piorando as coisas, preciso ser mais claro. Começando de novo, quem sabe, começando agora:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois que sonhei que você sonhava comigo, continuei sonhando que você acordava desse sonho de sonhar comigo — e era um sonho bonito, aquele —, está entendendo? Você acordava, eu não. Eu continuava sonhando, mas na continuação do meu sonho você tinha deixado de sonhar comigo. Você estava acordado, tentando adequar a imagem minha do sonho que você tinha acabado de sonhar à outra ou à soma de várias outras, que não sei se posso chamar de real, porque não foram sonhadas. Mas, se foi o contrário, então era eu, e não você, quem tentava essa adequação — nessa continuação de sonho em que ou eu ou você ou nós dois sonhamos um com o outro. Nos víamos? Quase consegui, agora. Preciso simplificar ainda mais, para começar de novo aqui:
Sonhei que você sonhava comigo. Depois, fiquei aflito. E quase certo de que isso não tinha acontecido. O que aconteceu, sim, é que foi você quem sonhou que eu sonhava com você. Mas não posso garantir nada. Sei que estou parado aqui, agora, pensando todas essas coisas. Como se estivesse — eu, não você — acordando um pouco assustado do bonito que foi ter tido aquele sonho em que você sonhava comigo. Tão breve. Mas tudo é muito longo, eu sei. Estou ficando cansativo? Cansado, também. Está bem, eu paro. Apanhe outra vez aquele pedaço de feltro: desembace, desembaço. Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina ou continua assim:
Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto.

l Cor 13

" O amor é paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. Palavra do Senhor: Graças a Deus!"

Quer saber o que eu penso?

  Você agüentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara à tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Meus amigos, amores!

Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar?.esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive.

Vai passar!

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez".

Eu preciso muito,

 muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você.           

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

E pela descrição de Clarice Lispector, eis aqui Andréia Lima!

“[…] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. […] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
       Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. […] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas correndo desesperadamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma amizade, uma casa, etc. Acredito, realmente, que devamos nos empenhar para alcançarmos o que queremos, no entanto, se não estamos conseguindo, provavelmente algo nesta busca está errado!

Não quero dizer que tudo tem de ser fácil, senão devemos desistir. Mas quero dizer que se nosso esforço não está dando resultados, é porque talvez não estejamos agindo da forma mais adequada para atingir tais objetivos; talvez o Universo esteja querendo nos mostrar que não estamos merecendo essa conquista. Muitas vezes, a vida usa símbolos, acontecimentos que são sinais para que possamos entender que, antes de merecermos aquilo que desejamos, precisamos aprender algo de importante, precisamos estar prontos e maduros para viver determinadas situações.
Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase:


Não corra atrás das borboletas.
Cuide do seu jardim e elas virão até você!

Isso significa que, na verdade, não precisamos correr desesperadamente atrás daquilo que desejamos. Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito. Tudo acontece nos seu devido tempo. Nós, seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo empurrar o rio. O rio vai sozinho, obedecendo o ritmo da natureza. Ao tentarmos empurrá-lo, estaremos apenas desperdiçando nossas energias e correndo o risco de nos sentirmos frustrados, pois o máximo que conseguiremos será uma enchente ou algum outro tipo de desastre.

O grande segredo da conquista é lembrarmos sempre que, subir ao pódio, erguer a taça da vitória ou comemorar os objetivos alcançados nada mais são que os resultados, as conseqüências de muito esforço, de muita luta e de muito trabalho. São, enfim, o prêmio merecido para quem deu o melhor de si!

Então, ao invés de nos concentrarmos no final da batalha, que comecemos a nos dedicar e a aproveitar mais todo o caminho que precisamos percorrer até chegarmos lá! É isso que quero dizer com a frase sobre as borboletas. Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável: as borboletas virão até nós! Ou seja, seremos merecedores de tudo o que desejarmos de bom...